Odeio te odiar




Eu odeio te odiar
O que eu amo é te amar
Por que as raras contendas
Que envolvem nossa união
Podiam ficar de fora
De nossa explosão de cópula
Do louco tirar das vestes
Do se atracar sem medidas
Do frenesi das línguas
Do locupletar dos sexos
Dos sussurros desconexos
Da guerra das nossas ancas
Num vai e vem assimétrico
Do atrito sexo com sexo
Que explodem em luzes e cores
Num show fugaz pirotécnico
Que culmina em letargia
E entre laços de abraços
Que em pouco tempo reacende
Em nossos corpos indolentes
Novas energias frementes
De forças de cunho mistico
Misto de carnal e espiritual
Pra serenamente então
Sem o anticlímax da contenda
Começar tudo outra vez
Por isso odeio te odiar
Bom mesmo é poder te amar
Assim desse jeito indecente

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