Do alto desse mirante imponente o morro da cruz
Estendo meus olhos num Giro pelos pontos cardeais
Enquanto ouço o sibilo constante e invisível do vento
Ouço os sons dos espectros de fatos imemoriais
Ouço remidos de dores das penas dos pelourinhos
Os suspiros e os sussurros dos pecados das senzalas
O respirar arfante e forte do cansaço Lá dos eitos
Os anseios de liberdade pulsando dentro dos peitos
Ouço a Fé alienada, aliada ao sincretismo
Ouço o rufar dos tambores recordando a mãe áfrica
Ouço o lamento das mães separadas de suas crias
Ouço vozes de lamentos no sibilo desse vento
Ouço sons de ladainhas impregnadas nessa cruz
E vejo nas imagens presentes novos caminhos de luz
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