Mea culpa





Eu agora braços dados com a nobreza

Investido de uma forte arrogância

Que me torna um arauto deslumbrado

Anunciante do poder oriundo da realeza


Queixo erguido e pose desafiante

Um sorriso com aparência de esgar

Olhar fito com aspecto delirante

Abram alas um novo ente vai passar


Eu me vejo envergado da armadura

Que no passado taxava com desdém

De usurpação opressora e cruel

Da vilania do poder dos principados


Que agora sob a sombra da omissão

Em conluio com minhas necessidades

Fustigado pela minha covardia

Eu desfruto braços dados com os tiranos


Tirania grito de ordem dos oprimidos

Liderança na voz da democracia

alienador nas normas da filosofia

Direito sacro segundo Maquiavel


Um consolo ainda consegue manter viva

Minha surrada e inconstante ideologia

Luto muito pelo pouco que recebo

Mas é esse pouco que mantém a minha mesa


E sob a égide dessa súcia vou seguindo

Abalado pelos temores D’uma inquisição

Que se não santa não será menos cruel

Já que a tortura não me trará purificação

E nem tampouco me conduzirá ao céu

3 comentários:

paulinho dagomé disse...

minha máxima culpa...

Ney Romão disse...

KKKKKK... SÓ GOSTARIA DE SABER SE ESSA POESIA FOI FEITA ANTES OU DEPOIS DE VOSSA SENHORIA FAZER PARTE DO SISTEMA....

d.b disse...

eu respondo por ele: depois...

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