Depoema









Quando ao acordar de manha
Vejo na estação do verão
Entrar pela fresta da janela
A invasão de feixes de sol
E tendo você ao meu lado
Com um sorriso descansado
Sinto-me energizado
Para recomeçar o dia

Quando ouço no inverno
A chuva fininha e fria
Fazendo canção no telhado
Fico com você abraçado
Roubando o teu calor
Como aproveita a térmica
Ao planar no céu o condor

E nos meses do outono
Fico degustando os sabores
Que nascem no seu pomar
Os insumos dos seus sumos
Que suprem minhas carências
Das nobres a mais vulgar

A primavera contigo Tem duração anual
Ela rouba de você as cores
Dos seus poros suga os odores
Que renova tuas essências
E eu esse afortunado mortal
Regozijo em pleno silencio

E por não possuir a verve
Para erigir um poema
Que entoe toda grandeza
Que descreva com clareza
A gama do seu encanto
Que nasce com o seu sorriso
E ilumina o meu espaço

Eu me abandono em teu colo
No aconchego na segurança
Que só encontro nos teus braços

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