morro da cruz


Morro da cruz
Em meados da década de 60 do século passado, aportei no mar verde de um vale, encravado entre morros do cerrado da papuda, hoje são Sebastião. Naquela época região oleira e localizado mais ou menos a sudoeste desse vale, sobre um mirante que o domina, uma cruz. Cruz essa, que hoje se sabe é testemunha de pelo menos 130 e trinta anos da historia desse lugar e de uma importante parcela de fragmentos da historia do Brasil, pois há relatos de que as trilhas que o circundam possam ser relacionadas com as antigas trilhas do sal. A cruz foi fixada no pico desse mirante, no crepúsculo do século XIX, quando o proprietário dessas terras era o senhor Manoel José da costa Meireles e provavelmente utilizando Mão de obra escrava e pelo menos por negros forros. Nos primórdios do século XX um incêndio a quedou ao queimar sua base e ela foi reerguida pelo Sr. Zica, filho e herdeiro do senhor Manoel Meireles e assim ela varou mais ou menos duas décadas do século XIX todo o século XX e agora esta enfrentando contemporâneo XXI. Ocorre que com o transcorrer de todo esse tempo sob as intempéries naturais, a histórica cruz se encontra hoje prestes a desabar, sua haste vertical esta quase toda lascada e o braço horizontal da à impressão que vai cair a qualquer instante, sob a pressão do vento. A possibilidade da concretização desse fato é rea, nos assusta. Ás vezes nos colocamos diante da TV, para ver com admiração aqueles loucos maravilhosos os arqueólogos, trabalhando com afinco e zelo para resgatar e posteriormente restaurar vestígios e relíquias históricas às vezes partindo do nada em países e lugares distantes. Enquanto isso, os símbolos que nos pertence que estão próximos de nós e por isso mesmo são de nossa responsabilidade são ignorados até mesmo desdenhados e com isso tendem a desaparecer. Motivados pela causa histórica, pelo amor a cidade de são Sebastião, no sábado dia 22 de maio de 2010 com o apoio da Adm. Regional se São Sebastião, nós organizamos um grupo formado pela comunidade BAHAI, representados pelas seguintes pessoas: Marco sacco e sua esposa Ruth (professores de virtudes), Junior Sales (fotografo) Anderson Diniz (apoio) e com suas disciplinadas e atuantes crianças, O grupo contou ainda, com a participação efetiva, da publicitária Simone Mendes barrada, que nos deu um valoroso apoio fotográfico, Lana Luiza Coutinho estudante, do poeta e servidor da Adm Gilvando Alexande da silva e sua esposa Naitan Alves da silva, da competência geográfica e apaixonada de Jose Carlos Maciel, do apoio de Edvair Ribeiro dos santose esses dois últimos, servidores da adm regional de são Sebastião- Do grupo mencionado, apenas Jose Carlos e Edvair já haviam escalado o morro da cruz- num trabalho de equipe ilustrado pelas fotos, as pessoas mencionadas subiram morro e depois de constatarem a importância do contexto histórico do mesmo, firmaram o compromisso de se mobilizarem enquanto cidadãos, para promoverem restauração e oficialização o seu tombamento como patrimônio histórico de são Sebastião e do DF. Vale acrescentar que todas as pessoas envolvidas no evento, são voluntarias movidas pelo sentimento ideológico e a consciência do valor da preservação histórica.
*OBS: o neto do Sr Manoel Jose da costa Meireles ainda esta vivo lúcido conta 82 anos de idade mora em Luziânia Goiás.
Edvair Ribeiro dos santos em 24/05/2010
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1 comentários:

Ney Romão disse...

Belo texto Edvair. Moro em São Sebastião desde 1996 e nunca tive a curiosidade de subir no morro e ver a cruz. A vista de nossa cidade lá de cima deve ser maravilhosa. Não devemos esquecer da preservação ecologica do local também. Não daria certo uma missa anual naquele colal, com procissão, no mesmo dia em que a cruz foi implantada? Um grande abraço. É sempre prazeroso a leitura de seus textos. Parabéns.

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