Para manter viva a memória



Completa-se hoje dia 06/07/2012, um ano e treze dias que o pioneiro de são Sebastião Clênio de Souza perdeu a vida no alcunhado trevo da morte - junção da DF473 de são Sebastião com a BR251 Brasília Unaí-. Antes do Clênio outras pessoas perderam a vida no mesmo local, depois dele, vários outros acidentes com vitimas fatais ocorreram e ainda ocorrerão. Sendo que o acidente que ceifou a vida do Clênio, foi um divisor de águas, no tocante a mobilização da população de são Sebastião, na ação de cobrar das autoridades meios de prevenção para evitar ou pelo menos diminuir o número desses acidentes, que matam, mutilam causam danos, psíquicos, físicos, financeiros e sociais. E ainda influem no colapso do atendimento dos hospitais, já que invariavelmente as pessoas envolvidas nesses acidentes são deslocadas para as unidades de emergências em estado grave.

Após a morte do Clênio, um grupo moradores de São Sebastião, composto por parentes e amigos dele e de outras vitimas do trevo da morte, fizeram duas grandes manifestações, fecharam a rodovia, trouxeram a imprensa, realizaram carreata, celebraram uma missa campal e convocaram algumas autoridades que não compareceram. Esses atos culminaram na melhora da sinalização no local, mas isso ainda é pouco, é preciso trazer os engenheiros de transito dos órgãos responsáveis pela rodovia, para que eles no auto dos seus conhecimentos resolvam esse problema.

Hoje dia 06/07 às 15 horas, uma equipe de jornalismo da TV Band esteve no fático local, com alguns membros da comunidade de São Sebastião juntamente com Maria Evani (Vânia) uma das irmãs de Clênio, para renovar o apelo que tem sido constante para sensibilizar as autoridades e evitar Constancia quase rotineira dessas tragédias. Quero aqui chamar a atenção  para a ação da equipe de jornalismo da TV Band, que tem comparecido no cenário do trevo da morte sempre que solicitamos, para fazer matérias preventivas, sem cheiro sangue, sem imagem de corpos estendidos no chão, jornalismo humanitário de caráter social, jornalismo a serviço da comunidade.
Já para nós da comunidade de São Sebastião, a missão é manter viva a memória do Clenio e das demais vitimas dos acidentes da DF473/BR251, e não é nosso proposito criar mártires, pois o preço do martírio é a dor. Porém não  deixaremos que a morte destas pessoas caiam no silêncio do esquecimento, vamos repetir, cobrar e relembrar esses tristes fatos, com o propósito de assim evitar outras mortes.
 A nossa luta é pela valorização e preservação da vida, pois como bem já disse o poeta Gonzaguinha; A vida é bonita, é bonita e é bonita.

Edvair Ribeiro em 06/702012

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