Meu sonho para o ano que esta surgindo
É a crença que em todos recantos da terra
As pessoas vão encontrar motivo pra seguir sorrindo
Sem temer a surpresa que as esperam
Que todos ao se levantar de manha
Ao abrir portas e janelas para o nascente
Abram o largo sorriso para o sol que esta se abrindo
E no entardecer sorriem para sua queda no poente
Sorriam ainda pra as nuvens que trazem a chuva
Para os aromas e cores vários da primavera
Para todos os sabores do outono
Para o verão que aquece a terra essa grande esfera
Para os meus amigos próximos e distantes
Faço um pedido com um toque imperativo
Mantenham um sorriso largo e itinerante
Ainda que o mesmo seja apenas lenitivo
Riam ainda que o sorriso seja de chacota
Da minha pretensiosa e tacanha desfaçatez
De fazer do sorriso a arma da vez
De tornar a tristeza uma alma morta
Sorriam ainda que seja de mim
De minhas invencionices repetitivas
Da minha falta de originalidade
Da necessidade de atenção e a afinidade
Riam da minha oratória gaguejante
Da minha carência de vossas presenças
Da minha proposta tola de soma de sonhos
Pra fortalecer minhas fracas crenças
Riam e execrem minha hipocrisia
De insistir no discurso abstrato do amor
Se na minha vida pratica chega ser heresia
Dada a facilidade com que causo dor Riam do ressurgimento das previsões finais
Que os profetas oportunistas em busca de lucros
Incutem nas mentes do povo inocente
Para garantir suas reservas de Raros metais
Riam dos disparates praticados no congresso
E nos meandros das altas esferas federais
Onde os engravatados de gestos e vozes polidas
Em surdina, se comportam como marginais
Riam de tudo o que cerca a existência
Riam da cruel incerteza do futuro
Mas não façam do sorriso a total anuência
Dos que se posicionam em cima do muro.
Edvair Ribeiro em 30/12/2010
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